GRAVITAS, Eduardo Rezende + Tulio Pinto

Gravitas explores the poetic tension between matter and body through the collaboration of Brazilian sculptor Tulio Pinto and photographer Eduardo Rezende. Presented at Piero Atchugarry Gallery in Miami, the exhibition transforms the invisible force of gravity into a visible, sensorial experience. Divided into two acts—one photographic, one sculptural—it reveals how weight, balance, and resistance shape both material and human form.

In Act I, Rezende’s powerful black-and-white photographs place the human body in direct dialogue with stone. His lens captures moments of strain and surrender, where hands, arms, and torsos yield to or resist the weight pressing upon them. Coming from a background in fashion photography, Rezende inverts its conventions: instead of grace and ease, his images honor effort, vulnerability, and endurance. Through sharp contrasts and sculptural light, he transforms the body into a living sculpture—an arena where gravity leaves its mark.

The collaboration between Pinto and Rezende blurs the boundaries between sculpture and performance. The same stones that compress the photographed figures appear within the gallery, allowing visitors to feel their mass firsthand. In this exchange, gravity becomes participatory—no longer only seen, but felt—extending the dialogue between object, body, and viewer.

In Act II, Pinto’s sculptural installations push this dialogue further, suspending heavy stones from delicate glass chains. What seems fragile becomes a bearer of immense weight, challenging assumptions about strength and material truth. Both artists share an insistence on honesty: there is no illusion, only the raw confrontation between form and force.

Together, Pinto and Rezende craft a meditation on the visible and the invisible, on what binds us to the ground and what allows us to rise against it. Gravitas becomes more than an exhibition—it is an encounter with the limits of matter and the endurance of the human spirit.




Gravitas explora a tensão poética entre matéria e corpo através da colaboração entre o escultor brasileiro Tulio Pinto e o fotógrafo Eduardo Rezende. Apresentada na Piero Atchugarry Gallery, em Miami, a exposição transforma a força invisível da gravidade em uma experiência visível e sensorial. Dividida em dois atos — um fotográfico e outro escultórico —, ela revela como o peso, o equilíbrio e a resistência moldam tanto a forma material quanto a humana.

No Ato I, as poderosas fotografias em preto e branco de Rezende colocam o corpo humano em diálogo direto com a pedra. Sua lente captura momentos de esforço e entrega, em que mãos, braços e torsos cedem ou resistem ao peso que os comprime. Vindo de uma trajetória na fotografia de moda, Rezende inverte suas convenções: em vez de graça e leveza, suas imagens exaltam o esforço, a vulnerabilidade e a resistência. Por meio de contrastes intensos e luz escultórica, ele transforma o corpo em escultura viva — um espaço onde a gravidade deixa sua marca.

A colaboração entre Pinto e Rezende dissolve as fronteiras entre escultura e performance. As mesmas pedras que comprimem as figuras fotografadas estão presentes no espaço expositivo, convidando o público a sentir seu peso diretamente. Nesse gesto, a gravidade torna-se participativa — não apenas observada, mas vivenciada —, ampliando o diálogo entre objeto, corpo e espectador.

No Ato II, as instalações escultóricas de Pinto expandem esse diálogo, suspendendo pedras pesadas por delicadas correntes de vidro. O que parece frágil torna-se suporte de imenso peso, desafiando percepções sobre força e verdade material. Ambos os artistas compartilham uma ética da honestidade: não há ilusão, apenas o confronto direto entre forma e força.

Juntos, Pinto e Rezende constroem uma meditação sobre o visível e o invisível, sobre o que nos prende ao chão e o que nos permite resistir. Gravitas é mais do que uma exposição — é um encontro com os limites da matéria e com a resistência do espírito humano.