Create Your First Project
Start adding your projects to your portfolio. Click on "Manage Projects" to get started
LAVORI IN CORSO
The Lavori in Corso series, created by Eduardo Rezende in 2024, invites a shift in perspective on the urban landscape. Instead of portraying the finished and functional city, the artist focuses his gaze on construction sites—temporary, ever-changing spaces that are usually associated with chaos, obstruction, or inconvenience. Scaffolding, tarps, fencing, metal tubes, and protective mesh become protagonists, revealing a distinct aesthetic often overlooked in the everyday flow of large cities. These photographs, devoid of human presence, highlight a sculptural sensibility by drawing attention to lines, geometries, tears, and textures that emerge from these industrial materials. Translucent tarps, sometimes ripped or stretched, filter light in unique ways, generating plays of shadow, transparency, and color. Stripes—frequently present in the construction fabrics—become a recurring visual motif, filled with rhythm, movement, and cultural meaning, evoking both musicality and references to art history. By capturing these urban fragments, Rezende transforms the ordinary into the extraordinary. What was once merely a restricted or disregarded space becomes fertile ground for aesthetic contemplation and social reflection. The precariousness of the structures, the signs of wear, and the marks of time reveal both the fragility and strength of these environments, suggesting that the temporary can also be poetic and expressive. The series also proposes a reflection on the city as a living, ever-evolving entity, where the process matters as much as the final result. By shifting the focus to the “in-between,” the unfinished, Rezende invites us to imagine new uses, narratives, and meanings for what is still under construction—both physically and symbolically. His images make us question our role in this scenario: are we merely spectators, or also participants in the urban landscape in transformation? Lavori in Corso thus goes beyond visual documentation of construction sites. It is an invitation to pay attention, to listen, and to look slowly at what usually escapes our notice. A poetic ode to transience and to the hidden beauty at the heart of a city in motion.
A série Lavori in Corso, criada por Eduardo Rezende em 2024, propõe uma inversão do olhar sobre o espaço urbano. Em vez de retratar a cidade acabada e funcional, o artista volta sua atenção para os canteiros de obras — espaços provisórios, em constante transformação, que normalmente associamos ao caos, ao impedimento e ao incômodo. Andaimes, lonas, tapumes, tubos metálicos e telas de proteção ganham protagonismo, revelando uma estética própria, muitas vezes negligenciada no cotidiano das grandes cidades. As fotografias, desprovidas de presença humana, evidenciam uma sensibilidade quase escultórica ao destacar linhas, geometrias, rasgos e tramas que emergem desses elementos industriais. Lonas translúcidas, por vezes rasgadas ou tensionadas, filtram a luz de modo único, criando jogos de sombra, transparência e cor. As listras — presentes em muitos dos tecidos utilizados nas obras — tornam-se um símbolo visual recorrente na série, carregadas de ritmo, movimento e significados culturais que remetem tanto à música quanto à história da arte. Ao capturar esses fragmentos urbanos, Rezende transforma o banal em extraordinário. O que antes era apenas um espaço interditado ou ignorado torna-se um campo fértil para a contemplação estética e a reflexão social. A precariedade das estruturas, os vestígios de desgaste e as marcas do tempo revelam a fragilidade e a força desses espaços, apontando para um cenário em que o provisório pode ser também poético e expressivo. A série também sugere uma reflexão sobre a cidade como espaço vivo, em constante mutação, onde o processo importa tanto quanto o resultado final. Ao deslocar o foco para o “durante”, para o inacabado, Rezende nos convida a imaginar novos usos, narrativas e sentidos para aquilo que está em construção — tanto física quanto simbolicamente. Seus registros nos fazem pensar sobre o papel do cidadão nesse cenário: somos apenas espectadores ou também participantes da paisagem em transformação? Assim, Lavori in Corso vai além da documentação visual de canteiros urbanos. É um convite à atenção, à escuta e ao olhar demorado sobre aquilo que normalmente passa despercebido. Uma ode à transitoriedade e à beleza oculta no coração da cidade em movimento.