TRAMA

The interlacing of what sustains
In the series Trama, Eduardo Rezende turns his gaze to the hidden structures of the built environment — the elements usually concealed beneath the polished surfaces of cities. Beams, joints, steel plates, rivets, columns, and reinforcements form the silent framework that holds up the modern urban world. By isolating these elements in rigorous, nearly abstract compositions, the artist reveals the underlying weave that sustains our daily lives. These images do not depict construction as spectacle, but as essence. The focus lies on what connects, interlocks, and gives form and resilience. Corten steel, reinforced concrete, welds, and industrial textures come together in a visual fabric marked by time, labor, and transformation. There is a constant tension between weight and lightness, strength and vulnerability. Rigid lines and structural angles are met with a sensitive photographic gesture that seeks rhythm, harmony, and poetry even in the raw mechanics of contemporary life. Through Rezende’s lens, the technical becomes aesthetic, and the functional, symbolic. Trama is, ultimately, an archaeology of the present — an attempt to understand the world by observing what holds it together. It is also a tribute to the visible and invisible connections that keep everything standing.


O entrelaçamento do que sustenta
Na série Trama, Eduardo Rezende volta seu olhar para as estruturas ocultas do ambiente construído — os elementos geralmente escondidos sob as superfícies polidas das cidades. Vigas, junções, chapas de aço, rebites, colunas e reforços formam a estrutura silenciosa que sustenta o mundo urbano moderno. Ao isolar esses elementos em composições rigorosas, quase abstratas, o artista revela a trama subjacente que sustenta nossas vidas cotidianas. Essas imagens não retratam a construção como espetáculo, mas como essência. O foco está no que conecta, entrelaça e confere forma e resistência. Aço corten, concreto armado, soldas e texturas industriais se unem em um tecido visual marcado pelo tempo, pelo trabalho e pela transformação. Há uma tensão constante entre peso e leveza, força e vulnerabilidade. Linhas rígidas e ângulos estruturais são contrapostos por um gesto fotográfico sensível que busca ritmo, harmonia e poesia mesmo na mecânica bruta da vida contemporânea. Pela lente de Rezende, o técnico torna-se estético, e o funcional, simbólico. Trama é, em última instância, uma arqueologia do presente — uma tentativa de compreender o mundo observando o que o mantém de pé. É também uma homenagem às conexões visíveis e invisíveis que sustentam tudo.